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10 de abril de 2025

IntegraChagas Brasil realiza ações de vigilância de cães em Iguaracy (PE)  

Mais de 10 profissionais participam da formação “Vigilância Ambiental e Controle da Doença de Chagas – Unidades Cão e Reservatórios”. Com aspecto teórico-prático, a capacitação busca ampliar as técnicas de coleta e de manejo de amostras de sangue de cães na cidade para controle e prevenção da doença de Chagas.  

Cães não apresentam a doença de Chagas nem a transmitem. No entanto, esses animais podem alertar para a presença de barbeiros infectados por Trypanosoma cruzi, o agente causador da doença de Chagas, em determinada região ou comunidade. Isso significa que nossos cães podem ajudar no cuidado da saúde de nossa comunidade.  

A formação é coordenada pelos pesquisadores Lucas de Souza, Fabiano Fernandes, Felipe de Oliveira e Joyce Barros, todos do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos (LABTRIP) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fiocruz. A equipe é liderada pela doutora Ana Maria Jansen, pesquisadora do LABTRIP-IOC/FIOCRUZ e pela pesquisadora Samanta Xavier, que ressalta a importância de se realizar a vigilância canina e ambiental para a detecção precoce da presença de T. cruzi. 

“O cão entra como um papel importante por ser o animal mais perto do homem, que está naturalmente mais exposto a essa infecção seja porque se aproxima de ambientes silvestres, por ficar fora de casa e ele ser um animal que tem uma característica por apresentar baixo risco de transmissão porque é um animal que não tem altas parasitemias”, afirma Xavier. 

A etapa teórica do processo formativo começou com uma apresentação sobre um olhar para os atores principais envolvidos com a doença de Chagas (Tripanossoma cruzi, triatomíneos e cães domésticos). Tratou-se ainda da coleta de sangue em cães e técnicas de diagnóstico da infecção por Tripanossoma cruzi, além da construção de planejamento e definição de áreas por meio de técnicas de geoprocessamento, com o coordenador da ação, Felipe Oliveira.